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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Arriscar a pintar


Mais um projeto de pintura concluído nesta semana. Tá, e daí? Não é o primeiro, nem o último. E por que postar justamente esta bandeja.

Primeiro porque me deu vontade. Segundo porque eu fiquei apaixonadíssima por ela.

Quando eu comecei a pintar essa peça eu quis quebrar uns preconceitos que eu tenho com certas cores. Quis deixar de lado esse negócio de que não gosto desta ou daquela cor. Então eu resolvi arriscar e usar algumas cores que eu nunca tinha escolhido, até então. Risquei o receio do resultado ficar feio e arrisquei a mudar o meu olhar.

A primeira cor a ser riscada da lista das que eu não arrisco a usar foi o laranja.



E vou dizer que adorei o resultado das laterais. 


Amei o efeito do xadrez com o amarelo que é uma cor que está em todas as minhas peças.



Outra que não fazia parte da minha paleta de escolhas era esse azul, que apesar de ser bonito, pra mim, não é nem azul, nem lilás. Aceitei a orientação da professora e arrisquei a olhar por outros ângulos! Resultado?! Outra lente, outra perspectiva.


No fundo entrou novamente o laranja e esse amarelo-claro que também me dá a sensação de não ser nem uma cor, nem outra. Risquei velhos conceitos e arrisquei a adquirir novos. Gostei!



E o preto? Que risco! Fazer as barras em preto foi um desafio e tanto. Fiquei quase duas semanas pensando... faço ou não faço. Até que risquei o medo e arrisquei me surpreender. Me surpreendi!


E o resultado final foi um objeto feito por mim, com a orientação da professora de pintura, que me trouxe orgulho e satisfação.





Mais do que isso, me disponibilizar a mudar de padrão, a ver que uma cor isolada pode não me agradar, mas que no conjunto, trabalhada com outras cores, pode surpreender e superar as expectativas, me abriu o leque de opções. Agora vou arriscar mais em outros projetos. Vou sempre incluir uma cor que eu ainda não tenha utilizado, vou trazer para perto aquele potinho de tinta rejeitado. 

E assim como posso quebrar os paradigmas, aceitar novos pontos de vista, me surpreender com outros arranjos, na pintura, posso levar isso cada vez mais para o meu dia a dia. É uma questão de observar em que pontos estou repetindo padrões, em que situações não estou me abrindo para outros pontos de vista, em que momentos estou perdendo oportunidades por manter uma visão restrita, onde e quando estou me limitando por conceitos prévios. 

Nos riscos dessa arrisquei a riscar os rótulos. Posso arriscar a riscar mais e deixar a vida mais colorida.

Toda a escolha das cores foi feita com a orientação da professora Odila Freire dentro da minha proposta de arriscar outras cores. 


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